quarta-feira, 18 de março de 2009

Nesse "deus" eu sou ateu...


Recebi o seguinte e-mail do meu amigo, pastor Marcos Kopeska: “No censo divulgado pelo IBGE me chamou a atenção o aumento do contingente de pessoas que se declaram sem religião. Até os anos 70, este percentual estava abaixo de 1%. Nos anos 90 subiu para 5,1%. Atualmente, chega a 7,3%. A cifra global, inferior a 10%, pode não ser tão expressiva, mas o ritmo de crescimento impressiona. Penso que o crer ou não na existência de Deus já é uma disputa ultrapassada e fora de moda. Albert Einsten declarou: ‘Quanto mais acredito na ciência, mais acredito em Deus. O universo é inexplicável sem Deus’. Abraham Lincoln, uma das dez maiores personalidades de todos os tempos, concluiu: ‘Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a Terra, e ser um ateu, mas, não posso conceber que ele olhe para os céus e diga que Deus não existe’. O que me preocupa são os conceitos deformados que estão se formando a respeito de Deus. Confesso que já encontrei muitos ‘deuses’ diferentes nesta ‘teologia tupiniquim’ que pairou sobre nossa pátria a partir dos anos 80 e pegou em cheio o cristianismo. O Deus soberano, criador e sustentador do universo foi trocado pelo ‘deus do mercado da fé’, disposto a leiloar sua imagem em cada reunião. Trocamos o Deus Altíssimo, onisciente e onipresente, que independe de nós, pelo ‘Deus Papai Noel’ (aquele que, para conquistar admiradores e adoradores, sai distribuindo presentes a granel). Trocamos o Deus que nos guia mesmo nos vales escuros da vida pelo ‘deus paternalista e superprotecionista’, que, em nome de um triunfalismo barato e sem propósitos, não nos deixa passar pelas provações. Trocamos o Deus que nos ensina a viver em paciência e longanimidade pelo ‘Deus micro-ondas’, imediatista, que é obrigado a fazer o que eu quero aqui e agora. Concluo que crer ou não crer não é mais a questão. “A questão é; em que Deus nós temos crido”. Quando ouço os pregadores que fazem da fé um show, que fazem seu reino universal, e mesmo outros em igrejas chamadas históricas, preciso dizer que, se Deus é o que estas pessoas dizem que é e ensinam, eu não acredito nele. Sou ateu do deus deles. O deus dos pregadores televisivos e anunciadores do sucesso é um deus mecânico, muito ao estilo das “vending machines”: basta colocar a moeda e pegar a benção. É um deus subserviente, mecânico, previsível, movido pela gasolina das ofertas, impiedoso, que não conhece a graça. De minha parte, prefiro o Deus do evangelho de João, que vai em busca dos necessitados, que dá a quem não pediu, que abençoa quem não merece, que ama os seus até o fim. •

Marcos Inhauser é pastor, presidente da Igreja da Irmandade e colunista do jornal Correio Popular. http://www.inhauser.com.br/ / marcos@inhauser.com.br
Colaboração do amigo: Pr. Anibal Kiefer

terça-feira, 10 de março de 2009

O Homem e o Elefante!


"Posso todas as coisas naquele que me fortalece." Filipenses 4:13

Você já observou elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.

Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira.

E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério! Por que o elefante não foge?

Perguntei a um adestrador e ele me explicou que o elefante não escapa porque está amestrado.

Fiz então a pergunta óbvia:

-Se está amestrado, por que o prendem?

Não houve resposta!

Há alguns anos descobri que, por sorte minha alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta:

O elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Fechei os olhos e imaginei O pequeno recém-nascido preso. Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele.
E o elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino. Ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo. Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Jamais, jamais voltou a colocar à prova sua força.

Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de coisas 'que não podemos ter', 'que não podemos ser', 'que não vamos conseguir',

Simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos 'nãos' que 'a corrente da estaca' ficou gravada na nossa memória com tanta força que perdemos a criatividade e aceitamos o 'sempre foi assim'.

De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma:

'não posso',
'é muita terra para o meu caminhãozinho',
'nunca poderei',
'é muito grande para mim!'

A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes!

Vá em frente!

Desconhecemos o Autor


Colaboração do amigo: Renato Santos - AD Joinville

terça-feira, 3 de março de 2009

O RESTO... ISTO TE DOU, SENHOR!


Tenho visto e ouvido muitas vezes pessoas dizendo: quando alcançar isto ou aquilo, estabilizar a vida e encaminhar os filhos, daí vou trabalhar para o meu SENHOR...
Ledo engano! Em todo o antigo testamento, no sistema cerimonial de sacrifícios, e até mesmo antes da instituição da lei, encontramos diversas reprimendas divinas acerca dos que oferecem o resto, ou seja a sobra do que não se utilizou pra mais nada!
Diversas vezes o SENHOR entrou em conteda com Israel porque as ofertas eram da sobra (ou do resto). É interessante que até na matemática, após efetuarmos as contas, há uma frase dita pelo professor: despreze o resto.
Quando aplicamos isto no contexto neotestamentário, encontramos o apóstolo Paulo não mais falando de dízimos, por exemplo, onde o ofertante punha à parte a décima parte de sua renda para oferecer no altar do SENHOR, e estava mandando a seguinte mensagem para o mundo espiritual: Deus foi honrado com a décima parte do meu tudo e agora necessito que os 90% que me restaram sejam abençoados para viver prosperamente; não - Paulo agora não trata mais de dízimos, mas uma partilha justa, onde o amor pelo sacrifício de Cristo vem nos constranger para ir muito além dos 10%.
A temática aqui não é o dízimo em si, mas a vida! A vida não pode ser vivida de maneira displicente e irresponsável, como se fôssemos durar pra sempre (neste mundo).
Infelizmente não são poucos os cristãos que gastam todas as suas energias construindo castelos de segurança efêmera, vestindo-se com vaidades que não cobrem as vergonhas diante dos olhos daquele que tudo vê e ajuntando para si tesouros que o ladrão e a ferrugem destroem; para que? Para no fim de toda essa tormenta (que aliás chamam de vida - meu nariz cuido eu!) dar o resto ao SENHOR.
Maldito! Sim, maldito diz o SENHOR! Maldito o que oferece o resto! Vai apresentar isso ao teu príncipe, para ver se ele te aceitará.
Quando recebo visita em minha casa, oferto o melhor que posso. E quando recebo, de modo permanente, o Rei dos reis para morar comigo... oferto o resto?
Esse cristianismo hipócrita, de fachada, morno e sem vida que somos tentados a viver tem de ser combatido com galhardia... ou ninguém verá o SENHOR!